sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Chão de Vento





Mais uma vez o tempo me assusta. 
Passa afobado pelo meu dia, 
Atropela minha hora, 
Despreza minha agenda. 
 Corre prepotente 
A disputar lugar com a ventania. 
O tempo envelhece, não se emenda. 
Deveria haver algum decreto 
Que obrigasse o tempo a desacelerar 
E a respeitar meu projeto. 
Só assim, eu daria conta 
Dos livros que vão se empilhando, 
Das melodias que estão me aguardando, 
Das saudades que venho sentindo, 
Das verdades que ando mentindo, das promessas que venho esquecendo, 
Dos impulsos que sigo contendo, 
Dos prazeres que chegam partindo, 
Dos receios que partem voltando. 
Agora, que redijo a página final, 
 Percebo o tanto de caminho percorrido 
Ao impulso da hora que vai me acelerando. 
Apesar do tempo, e sua pressa desleal, 
Agradeço a Deus por ter vivido, 
Amanhecer e continuar teimando... 

Poema do livro "Chão de Vento", de Flora Figueiredo. 

Que esquisito! Por onde quer que eu vá, tudo é ritmo de natal. Como se fosse dezembro e ainda nem acabou novembro. Estamos paranóicos? Porque tanta pressa ? A gente nem consegue viver novembro. Estamos envolvidos, empacotados , agitados, estressados e angustiados com mil tarefas para fazer. Afinal, já é natal?

2 comentários:

Lou Witt disse...

É verdade amiga, quando o Natal chega já estamos até cansados de tanto brilho, tanto enfeite que até ficamos aliviados quando desmontam tudo.
Pra quê começar tão cedo né???

Martha Helena disse...

Disse TUDO! Quando o Natal chega estamos exaustos. Talvez seja por isso que não gostamos mais de Natal: é muito preparativo e pouca essência...