Arte de Irina Karkabi
Particularmente, gosto de quem tem compromisso
com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no
que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos
outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando
“realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é
calma. Consciência. Felicidade é ter talento para aturar, é divertir-se com o
imprevisto, transformar as zebras em piadas, assombrar-se positivamente consigo
próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é,
são os efeitos colaterais de se estar vivo.
Martha Medeiros Feliz por nada
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