sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

quem tem amor não precisa de mais nada


Arte de Irina Sztukowsk

 
“É equívoco associar qualidade de vida a quantidade de dinheiro. E, portanto, a várias outras coisas que vêm junto com isso: o consumismo exagerado, o turismo – as pessoas acham que feliz é o indivíduo que viaja bastante... As pessoas relacionam muito qualidade de vida a prazeres aristocráticos”

Flávio Gikovate



 Arte de Irina Sztukowsk


 "A questão amorosa – estabilidade nos vínculos sentimentais – é provavelmente uma das coisas que influem muito também sobre a qualidade de vida. Amor, sim, talvez seja uma variável revolucionária, se você quiser. O sexo se provou absolutamente conservador.
O sexo é de direita, não é de esquerda (risos). O sexo estimula competição, rivalidade, tensão, consumismo – para você se exibir mais. Portanto, o sexo, indiscutivelmente, é de direita. E toda a indústria de publicidade sabe disso, sempre usou estímulos eróticos para vender produtos. Amor, não. Amor é um negócio complicado. Você pega os poetas das músicas antigas brasileiras, “uma casinha de sapê atrás do morro”, “quem tem amor não precisa de mais nada”. O discurso romântico é um discurso absolutamente não consumista. Muito mais se ficarem os dois juntos, quietos, curtindo. E muito mais doméstico do que de balada. As pessoas vão à balada até arrumar namorado. Quando arrumam namorado, vão embora da balada. Amor é de esquerda."

Flávio Gikovate



http://www.revistadacultura.com.br/entrevistas/conversa/13-12-05/Por_uma_felicidade_mais_democr%C3%A1tica.aspx

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