sábado, 11 de julho de 2009

'diamante humano'

Morte é o fim da vida, e toda a gente teme isso.
Aquela velha frase: "Recorda-te que és pó e em pó te converterás", agora é ultrapassada. 
 Os pobres mortais são enterrados, sepultados ou os mais sofisticados cremados e suas cinzas espargidas nos mais inusitados lugares.Chic? não mais! 
Ouvi hoje na rede Bandeirantes de TV, que a indústria do 'diamante humano' está em plena expansão, com empresas instaladas na Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos,e Brasil, em Curitiba especificamente, onde já existe uma “funerária” especializada 
Ao custo de alguns milhares de euros os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação. 
Primeiro, viram carbono, depois grafite. Em seguida são expostos a temperaturas de 1.700 graus, finalmente se transformam em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. 
Na natureza, o mesmo processo leva milênios. Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada pelos familiares do falecido para depois ser usado num anel ou num cordão.Esse ente querido realmente é uma jóia! 
Agora deixando o inusitado de lado, acredito que o materialismo chegou ao auge, aliado ao consumismo. Juro! Não é porque não disponho de milhares de euros para personificar meu amor, que acho isso muito doido. 
O buraco fica mais embaixo...Será que não é bem melhor para certas pessoas se imaginar um diamante do que pó? Bem mais valorizado,com certeza!

 Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.” 
 (Eclesiastes, cap. 12) 



Somos Tão Breves

Que jamais percamos nossa essência
Nem sejamos contaminados
por uma sociedade ativista,
onde "humanos" ocupam-se
em demasia em realizar.

Muito mais que fazer é ser!
Ser sal!
Ser luz!
Somos tão breves

Há uma urgência em viver e vivenciar
cada minuto da existência,
Marcando nossa passagem
com as mais belas notas musicais,
Em harmonia junto aos pardais.

E, ao final da jornada,
quando a noite chegar,
o dia não mais clarear,
o olhar vazio perder-se no tempo
ficarão apenas os jardins plantados
por vezes regados,
e uma indagação no eco do vento.

Arnalda Rabelo.

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