“Líbano no coração”

Minha bisavó e bisavô materno vieram do Líbano, porém não tenho muita ligação com a cultura árabe.

O que sei é que a comida é muito deliciosa e de seus costumes que não me apropriei.

Mas sangue é sangue, e mesmo diluído, mantém um não sei o quê de “Líbano no coração”

Como parte da Semana da Cultura Árabe, [19 a 26 de março], fomos no 5 jantar árabe numa cidade a poucos Kms daqui.Uma rica festa com carne de cordeiro,charutinhos de folha de uva, esfiha, quibes em todas as variantes...pão sírio ,molho de tahine, pasta feita de sementes de gergelim, e laban um iogurte ralo, temperado com menta, cebola ou alho,e uma variedade de grãos, legumes, vegetais e frutas,

Nesta hora, esqueça as calorias, coma devagar, saboreando cada pedaço....Um orgasmo gastronômico!

Ao fundo música árabe, que pode provocar uma congestão nos homens mais afoitos, pois o movimento sensual e delicado das mulheres do grupo de danças que se apresentou , era simplesmente envolvente, com a dança do candelabro usando fogo , a famosa dança do ventre, e dança da begala...Fascinante!

Depois dos doces, veio Narguilé , o cachimbo exótico, com fumo aromático, que não deixa de ser um modo alternativo de fumar.

Logo eu, que nunca fumei e tenho bronquite,sem um pingo de lucidez, estava dando uma tragada. Faceirinha da Silva! Confesso: Minha máxima culpa. Fui só curiosa, afinal o aparato só via na boca dos outros. Está bom, experimentou e deu para a bolinha,afinal de contas,o uso eventual pode não causar tantos males assim.

Os hábitos dos povos orientais são completamente diferentes dos nossos. O que pode ser bom para eles, não necessáriamente se encaixa para nós. A mídia nestes países é infinitamente menor do que no Ocidente,negligenciando muito o que diz respeito aos cuidados com a saúde.

Não se iluda: Não é inofensivo

Hoje, o jornal Correio do Povo, trás uma reportagem “Narguilé se populariza entre jovens”..

Enfim, como tudo o que envolve o tabaco, é um prazer que tem seus riscos.

اذالم تستحي فأفعل ما تشاء

"Se não tens nenhuma vergonha então faz o que queres." 

[Provérbio árabe]

Conheça o narguilé

Base: assemelha-se a um vaso e é preenchida com água. Geralmente é feita de vidro, metal ou cerâmica. Algumas possuem motivos pintados em dourado, prateado ou outras cores.

Corpo: peça cilíndrica que conecta-se à base e sustenta o fornilho. Na base, projeta-se um tubo para dentro da água, que conduz a fumaça.

Fornilho: peça de barro, cerâmica ou metal onde se coloca o fumo e, sobre ele, o carvão em brasa. Pode ter uma rede metálica para separar a brasa do melaço. Caso não haja essa rede, pode-se cobrir o tabaco com papel alumínio (com pequenos furos para passagem do ar) e sobre o papel colocar o carvão em brasa.

Abafador: o acessório é um artefato de metal, geralmente alto, para proteger a brasa do vento, evitando o consumo rápido do carvão.

Tubo (ou mangueira): é por onde se aspira a fumaça. Uma ponta termina numa piteira e outra encaixa-se na parte superior do corpo do narguilé (acima da água). Pode haver mais de um tubo para que várias pessoas fumem juntas. Em narguilés usados em locais públicos, como bares, freqüentemente usa-se uma peça plástica removível na ponta da piteira, que pode ser lavada ou descartada a cada uso, ao contrário da mangueira em si, que não deve nunca ser lavada, pois pode oxidar, criando assim partículas de fuligem que atrapalham a aspiração da fumaça.

Fumo: há um fumo especial para narguilés, usualmente feito com tabaco, melaço (um subproduto do açúcar) e frutas ou aromatizantes. Os aromas são bastante variados: frutas (como pêssego, maçã verde, coco), flores, mel, e até mesmo Coca-Cola. Embora também seja possível encontrar fumos não-aromatizados, estes progressivamente perderam espaço para os perfumados que hoje são muito mais populares.

Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) mostrou que uma sessão de narguile equivale a nada menos do que fumar 100 cigarros. A quantidade de fumaça e substâncias tóxicas inaladas nos dois casos é a mesma.