visibilidade da violência contra as mulheres

Sai de férias por 10 dias...
Uma viagem de ônibus rumo ao Chile, passando por Mendoza ( Argentina), visitando Valparaiso e Viña del Mar . Na volta passando por Buenos Aires.
Levei livros, revistas e até piadinhas para passar o tempo no ônibus enquanto meu destino não chegava.
Foi tudo tão perfeito, tudo em seu lugar...leia, dormia, escutava música, conversava e lia de novo...Mas uma matéria da revista Claudia de janeiro de 2009: “ Não à violência doméstica” foi deixada para um tempo que não teria mais nada para ler, então leria. Afinal era minhas férias e eu não tinha nada a ver com aquilo...e acabei lendo.
Sei muito bem que como outros assuntos, a violência não vai acabar por influência de uma matéria escrita ou falada, mas a divulgação de informações do que as mulheres podem fazer para se defender pode ser o primeiro passo para melhorar a situação, veio a se tornar mais real quando cheguei a Valparaiso dia 19 de janeiro, e era o último dia da exposição na “Plaza Sotomayor” com um exército de 62 mulheres vestidos de noiva, sem rosto, como denuncia do exercício de dominação sobre as mulheres no Chile em 2007. Essa exposição para promover a visibilidade da violência contra as mulheres me fez entender pela segunda vez em poucos dias de janeiro, que é preciso romper com o silêncio e fazer com que a lei Maria da Penha seja conhecida, aplicada e cumprida.

Qualquer violência deverá ser denunciada. Qualquer!

OBS: Na foto, coloquei meu rosto, no meio de tantos vestidos de noiva sem rosto, anônimos.É uma convocação: Não banalizar a violência...Gritar bem alto para o mundo ouvir e socorrer...