quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

esvaziar a cabeça, dar uma trégua para o tico e o teco.



“É uma bruta ansiedade
Periga a sufocar
O vento fica na saudade
Do ar, do ar, quero respirar! Quero respirar!”

                                                                           [Dominó]



Putz grila, estou ansiosa barbaridade!
Estou com insônia. Vou dormir e só fico rolando de um lado pro outro, pensando abobrinhas que crescem sem parar.
Depois de muito ler sobre ansiedade, descobri que geralmente isso quer dizer: pessoa perfeccionista, controladora, prepotente.
A ansiedade piorou...Pega leve!
Martha Helena! Para o seu próprio bem e de toda Santa família, entenda que não é super poderosa!


Respeite seus limites, como diz o o psiquiatra Isaac Efraim, coordenador do site:
http://www.ansiedade.com.br/


Para melhor compreensão e alívio, no you tube , tem vídeos do Dr Isaac , que gostei e compartilho com meus companheiros ansiosos.










Viu?

Aceite a falta de controle.
Aceite que parte de nossa vida tem que entregar a Deus, ao destino a sorte e... Seja o que Deus quiser...
O maior sofrimento de quem sofre com a ansiedade é a expectativa, é se sentir atroplelada....
O conselho unânime é: 


“Esvaziar a cabeça, ou seja, ficar sem pensar em nada por um tempo ”, e daí companheiro? Como é que se faz?
Resumindo, mente acelerada é mente desequilibrada, para livrar-nos da ansiedade devemos aprender a “Fazer nada”


Fazer nada
Viviane Bezzi


É sábado mas para algumas pessoas parece impossível ficar sem fazer nada. Domingo, idem. As pessoas se condicionam a estar sempre funcionando, pensando, correndo pra lá e pra cá e quando podem descansar a cabeça e o corpo não se permitem.

Parece que não se dão o direito de ficar quietos. Assistir um filme, caminhar, andar de bicicleta, ficar de papo pro ar. Parece que tem algo errado se o celular não toca. Se nenhum cliente vem atrás. Incrível como existem pessoas tão viciadas em trabalho que não toleram a idéia de descansar, relaxar, fazer nada. Andar de havaianas mascando chicletes então, nem pensar. Parece que o terno e a gravata ficam gritando lá de dentro do armário.

Curioso. Enquanto uns dão um dedo - se estiver chovendo dão a mão inteira e dependendo do caso o braço todo – pra ficar em casa, há quem não aceite a idéia de almoçar as quatro da tarde.

Aproveitar o domingo pra ficar em casa curtindo a paz do lar, a família, a cama. Tirar o dia pra arrumar os armários, fazer a troca das roupas de inverno pelas de verão. Separar os livros que serão doados para uma instituição de caridade. Esquecer um pouco as preocupações com o escritório, com os clientes e concentrar as energias nos seus próprios interesses. Se o dia estiver ensolarado dá pra sair de casa, mas é favor deixar o carro na garagem e sair a pé. De bicicleta. De patins. Ah, e que o celular fique na gaveta, lógico. Melhor ainda se for desligado. Organizar um piquenique com as crianças com tudo o que elas têm direito. De preferência o que elas não comem durante a semana, incluindo chips, refrigerante, bala, chicletes e maria mole.

Espairecer é saudável. É necessário. É vital. É preciso esvaziar a cabeça para que na segunda-feira ela esteja leve para começar a semana. Afinal os problemas que ficaram no escritório continuam lá. E estarão lá esperando desde a primeira hora da manhã.

Aliás, há quem defenda a teoria de que não é apenas no sábado e no domingo que se deve fazer nada. Sempre tem um jeito de encontrar um tempinho também no meio da semana para fazer um stop. Não vai tirar pedaço sair do escritório no meio da tarde para tomar um sorvete. Nem sentar na padaria para um cafezinho e uma passada pelo jornal. Pelo contrário. É um ótimo momento para esvaziar a cabeça, dar uma trégua para o tico e o teco. Com certeza depois desta pausa o nível de paciência vai aumentar. E a energia também. Fazer nada de vez em quando faz bem. Só não pode se culpar por isso.



P.S.
Como compreender a ansiedade?

O nosso Sistema Nervoso Central e a nossa mente necessitam de uma situação de conforto e de segurança para usufruir a sensação de repouso e de bem estar.

Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este estado acontece o estado ansioso. Evolutivamente faz muito pouco tempo que saímos dos tempos da caverna, onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram uma constante. A excitação do Sistema Nervoso Central vinha como uma forma de estimular o nosso corpo para a luta ou para a fuga.

O que interpretamos como perigo hoje, transcende e muito o perigo de vida biológico. Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades, de privilégios, vantagens, de possibilidade de concretizar interesses, de vaidade, são fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso. Em estados de desequilíbrio emocional, o simples contacto com o novo, com situações inesperadas e desconhecidas são o suficiente para disparar estados ansiosos.

A principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração do pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos livrar do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na maioria das vezes acaba causando uma certa confusão mental, uma ineficiência da ação, um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo o que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso. “Mente acelerada é mente desequilibrada”.

Este movimento impulsivo de a mente se acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder usufruir a sensação de repouso e conforto faz com que ela se excite e se o problema não tiver uma solução mental imediata como o que acontece na maioria dos casos teremos a chamada ansiedade patológica, que tende a se cronificar e piorar com os anos.


Ah! Pobrezinha de mim!

Um comentário:

Vinicius disse...

viva a ansiedade que nos consome
\o/

lidar com elas é um aprendizado... agora temos que aprender que ansiedade pode ser tão boa quanto ruim... é tudo uma questão de perspectiva.
beijos