Arte de Lucy Campbell
Depois, bem depois a gente descobre que mesmo chorando não passa,
casando não sara, gritando só funciona para nos deixar afônico,
adormecer e acordar pode também ser
doloroso. Bem depois a gente descobre que carregamos as dores, as
alegrias, as dificuldades, as limitações, as crendices, os clichês e até
a porra dos erros. Carregamos tudo o que couber em nossa mala. E a
gente entende, que acumulamos mais do que precisamos. Agregamos à nossa
história, entulhos que deveriam ser descartados.
Depois a gente compreende que suspeitamos demais e acertamos de menos. Que dar asas a invencionice não é andar com os pés na lua. Depois da merda feita, a gente entende que não vale a pena comer apressado, falar tudo que pensa, sofrer pelo imaginário, perder tempo com os problemas sem pensar em resolvê-los, alimentar a saudade sem dar um basta naquilo que não volta mais. Depois a gente entende que a história é feita também de tentativas.
Depois a gente compreende que suspeitamos demais e acertamos de menos. Que dar asas a invencionice não é andar com os pés na lua. Depois da merda feita, a gente entende que não vale a pena comer apressado, falar tudo que pensa, sofrer pelo imaginário, perder tempo com os problemas sem pensar em resolvê-los, alimentar a saudade sem dar um basta naquilo que não volta mais. Depois a gente entende que a história é feita também de tentativas.
Ita Portugal
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