Arte de Pol Ledent

"Murchou a flor aberta ao sol do tempo.
Assim tinha de ser, neste renovo
Quotidiano,
Outro ano,
Outra flor,
Outro perfume.
O gume
Do cansaço
Vai ceifando,
E o braço
Doutro sonho
Semeando.


É essa a eternidade:
A permanente rendição da vida.
Outro ano,
Outra flor,
Outro perfume,

E o lume
De não sei que ilusão a arder no cume