segunda-feira, 18 de agosto de 2014

tente abrir a bolsa de uma mulher. A reação, muito provavelmente, será equivalente a uma catástrofe.


Arte de Jana Magalhães

“Ao abrir a bolsa de uma mulher, nos deparamos com tudo o que faz sentido na vida dela naquele momento, como fotos de pessoas queridas, itens de maquiagem, elementos de proteção, bilhetes, livro, objetos carregados de afetividade e significado. Se você, homem, não entende do que se fala aqui, faça o teste e tente abrir a bolsa de uma mulher. A reação, muito provavelmente, será equivalente a uma catástrofe.

Bolsas também possuem dupla função, já que o interior é quase uma dimensão sagrada, um mundo à parte, longe dos olhares e julgamentos do resto do mundo, enquanto o exterior praticamente define o status social da dona. Se é estruturada, se é molenga, se é de tecido, de lona, de couro, de nylon, se é de grife famosa, desconhecida ou fake, são todos símbolos que escancaram (totalmente ao contrário do interior) para o mundo quem é aquela mulher. Ou ao menos te dá uma boa idéia.”

Jean-Claude Kaufmann no livro “Le sac. Un petit monde d’amour”

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