Arte de Nathan Brutsky
“Todos desejam uma vida digna para os
despossuídos, boa escolaridade para os iletrados, serviços públicos
ótimos para a população inteira, isto é, educação, saúde, transporte,
energia elétrica, segurança, água, e tudo de que precisam cidadãos decentes.
(...)Porém, o que vejo são multidões consumindo, estimuladas a consumir
como se isso constituísse um bem em si e promovesse real crescimento do
país. Compramos com os juros mais altos do mundo, pagamos os impostos
mais altos do mundo e temos os serviços (saúde, comunicação, energia,
transportes e outros) entre os piores do mundo. Mas palavras de ordem
nos impelem a comprar, autoridades nos pedem para consumir, somos
convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros
em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas.
A mais forte raiz de tantos dos nossos males é a falta de informação e orientação, isto é, de educação. E o melhor remédio é investir fortemente, abundantemente, decididamente, em educação: impossível repetir isso em demasia. Mas não vejo isso como nossa prioridade.
Fosse o contrário, estaríamos atentos aos nossos gastos e aquisições, mais interessados num crescimento real e sensato do que em itens desnecessários em tempos de crise. Isso não é subir de classe social: é saracotear diante de uma perigosa ladeira. Não tenho ilusão de que algo mude, mas deixo aqui meu quase solitário (e antiquado) protesto."
Lya Luft
A mais forte raiz de tantos dos nossos males é a falta de informação e orientação, isto é, de educação. E o melhor remédio é investir fortemente, abundantemente, decididamente, em educação: impossível repetir isso em demasia. Mas não vejo isso como nossa prioridade.
Fosse o contrário, estaríamos atentos aos nossos gastos e aquisições, mais interessados num crescimento real e sensato do que em itens desnecessários em tempos de crise. Isso não é subir de classe social: é saracotear diante de uma perigosa ladeira. Não tenho ilusão de que algo mude, mas deixo aqui meu quase solitário (e antiquado) protesto."
Lya Luft
Nenhum comentário:
Postar um comentário