terça-feira, 1 de junho de 2010

coletânea de amor

 
As cartas de amor deveriam ser fechadas com a língua. Beijadas antes de ser enviadas. Sopradas, respiradas. O esforço do pulmão capturado pelo envelope, a letra tremendo
como uma pálpebra. Não a coisa isenta, neutra, mas a espuma, a gentileza, a gripe, o contágio. Porque a saliva acalma o machucado. As cartas de amor deveriam ser abertas com os dentes. 

FABRICIO CARPINEJAR





  

Tesão, admiração, confiança,
do  amor, são os pilares.
Rui um deles, o romance
cai de quatro, vai pros ares.


Luiz Coronel


  

Do amor tudo foi dito, 
tanto em verso quanto em prosa. 
O corpo é sempre travesso. 
A alma, sempre dengosa 

Luiz Coronel

  


Em meio a tantos amores vira-latas
 nossa estória tem pedigree. 

Ricardo Mainieri 



 

Me deixe ser teu amor
a fogueira que te aquece
e o canto que adormece

me deixe ser o teu lar
como um ninho
na beira do caminho

me deixe ser teu farol
te iluminar distraida
por toda a tua vida...

me deixe ser,
apenas ao teu lado
o ser amado...



Luna (Mariza Alencastro)




  

Por causa de você... 

O meu coração dilacera,
aquece, esfria e treme.
perde o jeito e acelera...
E depois para...E geme!

E quando te vê...Paquera.
Dança, canta e assovia
e diz que valeu a espera,
por tamanha alegria...

Por causa de você,
o meu coração derrete,
por inteiro...

E queima de tanto amor...
Para como uma flor,
renascer sorrateiro

Valquiria Cordeiro
  


DA TRISTE REALIDADE

este mesmo coração
irresponsável
que se desmantela
em batidas
por ti,
um dia vai deixar
de bater
por mim.


® Ademir Antonio Bacca

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