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quem sabe da melancolia da rosa
que solitária cresce no vaso ou no campo?
Quem vê seus espinhos brotarem
tatuando sua carne?
Acaso há espanto quando desfolhada
a rosa geme?
Quem conhece seu silêncio orvalhado?
Quem teme
tocar sua pele com cuidado
sem a lixa das mãos?
Quem já ouviu as batidas do seu coração?
Se o cravo brigou com a rosa
em desalento
não foi essa a razão
do seu desfalecimento
Não é o cravo seu algoz
é quem não lhe reconhece a voz
Úrsula Avner
2 comentários:
Existe um grau de transcendência ao se voltar para a Natureza e examinar suas menores reações.
Num mundo atual competitivo e desumano, isto é louvável.
Aproveito para agradecer a visita e gentis palavras.
Aparecça sempre e deixe tuas impressões.
É dá-lhe Grêmio!!!
Ricardo Mainieri
Quanta honra para uma pobre marquesa...Ricardo Mainieri em meu blog...e Gremista! Uau!
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