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Todos os dias fazemos escolhas em nossas vidas.
Algumas escolhas são mais simples; outras, mais complexas.
Escolhemos a roupa, o sapato, a alimentação, o trajeto.
Escolhemos a escola, o trabalho, as prioridades.
Como não é possível resolver todos os problemas de uma única vez, vamos escolhendo aqueles que precisam ser solucionados antes.
Escolhemos no supermercado, na loja, a forma de pagamento.
Algumas escolhas simples ficam complicadas quando complicamos a vida.
Fazer um almoço se torna um calvário para quem está angustiado.
Ter de escolher o que fazer e que agrade às outras pessoas da família parece um trabalho insano.
Escolher a escola dos filhos.
Escolher a mudança de emprego.
Aos poucos as escolhas vão exigindo mais reflexão e o resultado da escolha vai ficando mais sério.
Uma coisa é escolher a comida errada no cardápio e decidir que não vai pedir mais aquele prato. Outra coisa é perceber que casou com a pessoa errada.
A escolha do casamento tem de ser mais demorada do que a do produto de uma prateleira em um supermercado.
Como somos imperfeitos, a dúvida sempre fará parte de nossas escolhas.
E é diante da dúvida que amadurecemos.
Pessoas que têm certezas absolutas erram mais e sofrem mais com isso.
A dúvida nos torna mais humildes, mais abertos ao diálogo.
Nesses momentos é que percebemos a nossa maturidade frente aos obstáculos.
Os mais concretos ou os mais abstratos.
Nesse início de ano, uma modesta sugestão: diante das dúvidas que surgirem, escolha o amor.
Diante de sentimentos mesquinhos como a inveja, o ciúme, a vingança; escolha o amor.
Antes de falar, pense. Mas pense com amor.
Antes de agredir, lembre-se de que o tempo da cicatriz é mais demorado do que o tempo do comedimento.
Antes de usar a palavra como instrumento de maldizer, lembre-se de que o silêncio é o grande amigo e de que, na dúvida, o outro deve receber a sua compaixão.
Diante do comodismo, da alienação, escolha o amor em ação.
Assim fizeram os apóstolos, mesmo sabendo que seriam incompreendidos; assim fez Francisco de Assis quando ousou chamar a todos de irmãos; ou João Bosco com os jovens que só se aquietavam quando se sentiam amados.
Assim fez Madre Tereza de Calcutá que fazia a escolha do amor diante de cada próximo que dela precisasse.
Diante da boa dúvida, é bom pedir ajuda. Para os irmãos e para Deus, a Essência do Amor.
Os desafios são muitos. É por isso que sozinho fica difícil. Como diz a canção:
Eu pensei que podia viver, por mim mesmo. Eu pensei que as coisas do mundo não iriam me derrubar.
E a oração continua e, com ela, nossa certeza: Tudo é do Pai. Toda honra e toda glória. É Dele a vitória alcançada em minha vida.
Que sejamos responsáveis em nossas escolhas mais simples ou mais complexas. Mais uma vez, com amor, tudo fica mais fácil e mais bonito!
Gabriel Chalita
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