segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O desafio agora é rechear com vida o tempo que temos.

 
 
Arte de Elena Dudina
 
"Bom seria se não tivéssemos de morrer, diz o provérbio tibetano. Mesmo com as agruras próprias da existência, queremos mesmo é viver – pelo menos a maioria de nós, na maior parte do tempo. No entanto, o fato incontestável é que morremos e fazemos isso todo dia, a cada instante. E quando eu terminar de escrever este texto e você de lê-lo teremos envelhecido um pouquinho mais, mesmo sem nos darmos conta. A questão, porém, não se resume a chegar ao fim (seja destes parágrafos, de um livro, de um curso, de um relacionamento ou mesmo da vida). O que conta mesmo é o que fazemos de um ponto a outro, entre o início e o que concebemos como fim.
 
(...) O desafio agora é rechear com vida o tempo que temos. E para tanto é indispensável saúde psíquica – o que compreende flexibilidade para se reinventar apesar das perdas que ocorrem pelo caminho e equilíbrio para aceitar os ganhos, sem cair na “glamurização” do envelhecimento. Afinal, qual é a “melhor idade”? Arrisco pensar que seja aquela da qual desfrutamos da forma mais ampla possível...
 
(...) Se pudermos incorporar doses de sabedoria e aceitação (que fique claro, algo muito diferente de passividade) será possível acrescentar aprendizados e elaborações aos nossos anos – e então, que eles sejam bem-vindos!"
 
Gláucia Leal
edição de outubro de Mente e Cérebro
 

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