terça-feira, 21 de setembro de 2010

Martha in RIO

Parte NOTURNA:

No mesmo dia que cheguei ao RJ, quinta-feira [09-09-10] à noite já fui me banhar de cultura.



Fui assistir Thiago Lacerda, Magali Biff, Cláudio Fontana, César Augusto e grandes nomes do teatro nacional encenam Calígula, no Teatro Sesc Ginástico, no centro do RJ. Escrita pelo escritor argelino/francês Albert Camus (Prêmio Nobel de Literatura por sua obra em 1957) em 1942, a peça foi escrita em 1938 é a história de Gaius Caesar Germanicus, conhecido por Calígula, terceiro imperador romano, reinante entre 37 e 41, que ficou conhecido pela sua natureza extravagante e por vezes cruel.
Escreveu Camus sobre Calígula :”príncipe até então relativamente amável, acaba por perceber, com a morte de Drusilla, sua irmã e amante, que o mundo, tal como está, não lhe é satisfatório. A partir daí, obcecado pelo impossível, envenado de maldade e horror, ele tenta exercer, por meio do assassinato e da perversão sistemática de todos os valores, uma liberdade tamanha que não demorará para descobrir que não é uma liberdade boa. Ele recusa a amizade e o amor, a simples solidariedade humana, o bem e o mal. Ele enreda com palavras todos os que estão à sua volta, ele os força a encontrar uma lógica, ele nivela tudo ao seu redor pela força de suas recusas e por uma raiva destruidora. É onde reside sua paixão de viver.
Mas se sua verdade era se revoltar contra o destino, seu erro foi o de negar o humano. Não se pode a tudo destruir, sem destruir a si próprio. Calígula arrasa com o mundo ao seu redor e, fiel à sua lógica de vida, faz o que pode para voltarem-se contra ele todos os que terminarão por assassiná-lo. Calígula, a peça, é a história de um suicídio superior. É uma história sobre a forma mais humana e mais trágica de errar. Infiel ao homem, por fidelidade a si mesmo, Calígula consente em morrer, por haver compreendido que nenhuma criatura pode se salvar sozinha e, ainda, que não se pode ser livre à custa dos outros.”



O elenco,Thiago Lacerda, Magali Biff, Cláudio Fontana, César Augusto e outros

 


Fui dia 10, assistir a peça "A Loba de Ray-Bay": no Teatro Carlos Gomes com Maria Maya, Cristiane Torloni e Leonardo Franco que estreiou em 23/7/10 no RJ




A Loba de Ray-ban" é o teatro falando do teatro. Toda a ação se passa no palco de um teatro, onde uma famosa atriz, Julia Ferraz, dona de uma companhia de sucesso, passa sua relação a limpo com o marido durante uma sessão de "Medéia", interrompendo o espetáculo. A discussão aumenta ainda mais com a presença de uma jovem atriz - amante da dona da companhia.
Simplesmente arrasou!



Estar no Theatro Municipal é arrebatador.Ele foi completamente reformado em 2009 e, reaberto em 2010,e está ainda mais lindo,com 219 mil folhas de ouro e 57 toneladas de cobre, além de 1.500 novas luminárias e com mais de cinco mil lâmpadas.




O Theatro Municipal foi inspirado na Ópera de Paris e inaugurado em 1909. Em seu interior estão arcadas, balaustradas, colunas e escadarias de mármore, esculturas em bronze e vitrais importados da Europa. As pinturas na abóbada do foyer e no teto sobre a platéia levam a assinatura de Eliseu Visconti, assim como o pano de boca, que retrata 75 figuras célebres, como Carlos Gomes, Wagner e Rembrandt.



De 09 a 12 SET 2010 o Theatro Municipal do Rio de Janeiro abriu suas portas para o espetáculo Lecuona / ímã do Grupo Corpo que já esteve neste ano Canadá, Espanha ,França e Escócia e no Brasil já esteve SP, MG, Salvador e RJ.




Fui assistir o Grupo Corpo com o espetáculo Imã + Lecuona. A companhia de dança 100% brasileira que nasceu em Belo Horizonte e ganhou respeito internacional, celebra 35 anos de existência com uma turnê comemorativa



São 40 minutos de Ímã Suave e vital, trivial e estranho, o balé do Grupo Corpo é marcado pela alternância constante entre o cheio e o vazio na ocupação do espaço cênico. Solos, duos e formações maiores ou menores de grupo se constituem e se dissipam a todo momento, num jogo incessante de união e dispersão.



Depois de tanta magia,tivemos um intervalo de 20 minutos.



É a retirada para o restaurante Assirius,localizado no subsolo do teatro, tem a particularidade de ter uma decoração em estilo assírio.




O retorno para a mais emotiva e romântica obra do coreógrafo e fundador da companhia, Rodrigo Pederneiras, um balé formado por 12 duos, embalado por trilha sonora do cubano Ernesto Lecuona

Dominadores, os rapazes entram em cena sobre sapatos sociais de verniz, envergando camisas, camisetas ou regatas e calças de cós, em diferentes matizes de preto. Em vestidos vaporosos, com fendas e decotes variados, as fogosas damas de Lecuona sobem em saltos de 4,5 a 9 cm e colorem-se, dos pés à cabeça, com uma única cor, de tom invariavelmente quente, que dialoga com a matiz de luz definida para acompanhar o casal. Nos pouco mais de dois minutos da valsa final, um gigantesco cubo de espelhos interpõe-se à cena, e, dentro dele, seis pares de bailarinos (elas, agora, portando longos e esvoaçantes vestidos brancos) multiplicam-se no jogo de espelhos, transformando o número de encerramento em um grande e luminoso baile de tempos que não voltam mais.

Aqui uma idéia do que foi o espetáculo.



[visite o site:www.grupocorpo.com.br]

Surreal! Inenarrável! Emocionante. Mas a noite é uma criança... e termina no botequim da Lapa: “MOFO”: Com decoração inspirada no Rio Antigo e um espaço só para a música.





Domingo, me despedi assistindo no Teatro das Artes. [R. Marquês de São Vicente, 52, Shop. da Gávea],Pterodátilos com Marco Nanini comemorando 45 anos de vida no palco.




Antes do espetáculo, uma passeadinha básica pelo shopping e vendo vitrine aqui e ali, fico lado a lado com Alexandre Borges, que interpreta o extravagante estilista Jacques Leclair, na novela “Ti-Ti-Ti” .

Depois aguardando na fila para entrar no teatro, estava Fernanda Montenegro, Jacqueline Laurence entre outros que não sei o nome. [O Dr Marcelo de escrito nas estrelas e um outro de faz teatro e papéis secundários em novelas]




Já assistindo o teatro, na mesma fileira que eu, estava Grazi Massafera e Cauã Reymond, Flavia Alessandra, gravidíssima , e o marido, o ator e apresentador Otaviano Costa todos juntos.


O que achei interessante é que tinha outros atores e se conversavam, mas com Fernanda Montenegro ninguém. Sentou duas fileiras na minha frente junto com a amiga e atriz Jacqueline Laurence. Uma fã pediu para tirar foto o que fez, digamos, com má vontade.

Quanto a peça de teatro, Nanini e o elenco foram espetaculares. Arrancaram sorrisos, gargalhadas e reflexões.

Na história, Nanini interpreta dois personagens: Artur que é presidente de um banco e chefe de uma família disfuncional, Ema, a filha desnorteada, que se julga grávida e cujo namorado,Tom (Felipe Abib), além de transformado em empregada da casa, logo se apaixona por Todd seu irmão.

Artur[Nanini]é Casado com Grace (Mariana Lima), alcoólatra, mulher opaca e apenas preocupada em consumir; tendo além de Ema, Todd (Álamo Facó), filho mais velho que volta à casa paterna depois de ter contraído o vírus da AIDS.

"A casa está desmoronando e isso fica mais evidente nesta montagem"

O cenário maravilhoso demonstra esse “desmoronamento”

A noite acabou na Pça. Santos Dumont , no Bar e restaurante Garota da Gávea, um dos poucos bares no Baixo Gávea em que ainda se pode beber na calçada, o Garota da Gávea faz sucesso com os boêmios da região.

Garota da Gávea, faz parte da rede de bares Garota, muito conhecida e espalhada por todo Rio de Janeiro. [Garota de Ipanema; da Tijuca; da Urca]

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