Arte de Carolyn Biggio
“Você pode ter passado a vida inteira, ou parte dela,
ouvindo a expressão: tempo é dinheiro. Conhecido de perto um universo em que
ter do “bom e do melhor” é sinônimo de uma vida sossegada. Também deve ter
escutado, e acreditado, que comprar roupas, sapatos e supérfluos alivia o
estresse, principalmente, das mulheres durante a tensão pré-menstrual (TPM).
Que shopping é e será um dos melhores lazeres desta vida moderna. Agora, suponha
que tudo isso virasse de cabeça para baixo. Em nome da simplicidade do ser,
homens e mulheres, de idades diferentes, chacoalharam esses velhos conceitos
cada vez mais impostos à sociedade e optaram, sem culpa e com leveza, por uma
vida simples. Acreditam que precisam de pouco para se satisfazer e asseguram
que o lucro com tudo isso não se vende nem se troca, e tem nome: felicidade.
(...)quem decide viver com o que é necessário nega o que
hoje é tão valorizado, como a corrida disparada pelos melhores celulares, casa,
carros e as mais belas joias. E acaba consciente de que o tempo e a energia
investidos para a aquisição de coisas podem minguar as oportunidades de
conviver com o outro, de buscar a espiritualidade, autoconhecimento e senso de
comunidade. É como se essas pessoas se abrissem mais para o mundo ao seu redor
e dissessem: “Desapeguei”. Talvez por isso, elas são serenas, sorridentes e
leves, vivendo somente com o necessário, aquilo que para elas é essencial."
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