Passaram os
ventos de agosto, levando tudo.
As árvores humilhadas bateram,
As árvores humilhadas bateram,
bateram com os
ramos no chão.
Voaram telhados, voaram andaimes, voaram coisas imensas;
os ninhos que os homens não viram nos galhos,
e uma esperança que ninguém viu, num coração.
Passaram os ventos de agosto, terríveis,
Voaram telhados, voaram andaimes, voaram coisas imensas;
os ninhos que os homens não viram nos galhos,
e uma esperança que ninguém viu, num coração.
Passaram os ventos de agosto, terríveis,
por dentro da
noite.
Em todos os sonos pisou, quebrando-os, o seu tropel.
Mas, sobre a paisagem cansada da aventura excessiva -
sem forma e sem eco,
o sol encontrou as crianças procurando outra vez o vento
para soltarem papagaios de papel.
Em todos os sonos pisou, quebrando-os, o seu tropel.
Mas, sobre a paisagem cansada da aventura excessiva -
sem forma e sem eco,
o sol encontrou as crianças procurando outra vez o vento
para soltarem papagaios de papel.
Cecilia Meireles
O tornado que atingiu a cidade de Guaraciaba, no extremo-Oeste de Santa Catarina,14 kms longe da minha cidade, teve ventos até 180 quilômetros por hora.
Tudo aconteceu entre segunda e terça-feira, atingiu 9,1 mil pessoas, deixou quatro mortos e 89 feridos no município.
Árvores foram quebradas ao meio, casas de alvenaria foram destruídas, carros ficaram virados e pessoas arremessadas pelo vento.
Outra vez o vento? Só para soltar papagaios de papel...
Enquanto isso DEUS ampare essa gente toda.
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