Descrever-se
Dizem que quem se
descreve, se limita.
Não concordo.
Ao descrever-me,
exercito o que de
"humano" há em mim.
É a oportunidade
que tenho de mostrar
defeitos e virtudes.
Isso não é limitar-se,
é praticar auto crítica.
Gosto de descrever-me.
Alivia minha alma e
poupa meus ouvidos de
perguntas estúpidas,
como por exemplo:
"Por que não disseste
que tu eras assim ?"
Prefiro ouvir somente:
"tu já tinha me avisado..."
Mas, a auto descrição
requer que sejamos
verdadeiros e honestos.
Por isso que não tenho
medo de descrever-me
com tanta frequencia.
É como se me redimisse,
liberto-me assim, de
desculpas hipócritas!
Bendita sejas Tu,
Auto-Crítica-Redentora!
Ginna Gaiotti®
Eu e minhas contradições...
Eu só queria ter certeza de que,
apesar das minhas renúncias,
das minhas oscilações de humor,
das minhas lágrimas, do meu sorriso,
do bom senso e das loucas contradições;
alguém me valoriza pelo que sou,
não pelo que tenho.
Que me veja como um ser humano
que, apesar de defeituoso, completo.
Que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida proporciona, chegando as vezes,
até a acreditar neles...
Que apesar dos sofridos anos vividos,
ainda não conseguiu se desfazer
da ingenuidade - tão incompreendida,
ridicularizada... Criticada.
Que esse alguém,
valorize o que realmente importa:
Que é o meu SENTIMENTO.
E não brinque com ele!...
Que esse alguém me peça
para que eu nunca mude,
para que eu nunca cresça,
para que eu seja sempre,
EU MESMA.
Ginna Gaiotti®
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