sexta-feira, 14 de março de 2008

tenho medo de viver o que não entendo

Abduzida por alienígenas? 

 Será que os alienígenas realmente abduzem as pessoas e fazem experimentos com elas? As histórias de abduzidos são absolutamente semelhantes: “ Muitas pessoas se lembram de ficar banhadas em luz e de se sentir paralisadas. Depois, há a sensação de serem transportadas em um raio de luz até a nave espacial alienígena. Elas descrevem uma sala de exames em que seu corpo é analisado, investigado e estudado de vários modos. Muitos dizem que seu esperma ou óvulos foram removidos e usados para produzir prole humano-alienígena, que algumas pessoas dizem ter encontrado quando retornaram à nave posteriormente. "

 Definitivamente: Não é meu caso! 
Não tenho lembranças e nem me imagino nesta situação. 
 O que está acontecendo comigo é que estou me achando “estranha” de mim mesma. 
Sem notar alienígenas, sem mais nem menos, eis que surge momentos calmaria de uma vida intensa... Quietude!!!!... 

 “[...E é nessa quietude, Que eu me deparo Com a verdade absoluta; O real sentido da existência: Na vida, o amor é a essência!”[...]

 [Ângela Conde] 

Minha vida está assim, sem pressa, sem exigências, serena e tranqüila na superfície, os tambores deixaram de tocar frenéticamente , mas estou bem. Diferente, mas bem. Se me contassem eu não acreditaria! Sempre fui over! Barulhenta e "alarmenta"[desde criança ouvi dizer: Que alarmenta! As pilhas tinham que ser “duracell”...e estou me contentando com outras quaisquer.... Estou sentindo Clarice... 


“Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.” 
[Clarice Lispector] 

 Não seria eu, a MARTHA HELENA, se não fosse tentar buscar respostas. O livro "O Mal-Estar de uma Civilização", uma análise sobre a felicidade humana, de Sigmund Freud, relata que o propósito e intenção do homem é obter a felicidade,que queremos ser felizes e assim permanecer. Estou temendo estar sofrendo da “felicidade da quietetude”, onde a satisfação não é abandonada, mas protegida . Uma tentativa de recriar o mundo, adequação...afastamento 
Por outro lado, menos trágico, Fernando Pessoa como Bernardo Soares ,no LIVRO DO DESASSOSSEGO...me Sossega.... 

 "Viver é ser outro. Nem sentir é possível, se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida. Apagar tudo do quadro de um dia para outro, ser novo com cada nova madrugada, numa revirgindade perpétua de emoção - isto, e só isto, vale a pena ser ou ter, para ser ou ter o que imperfeitamente somos."

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