Arte de Karen Hollingsworth
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste
mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que
as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as
mentiras e as verdades não sejam permanentes. Que friagem nenhuma seja
capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando
estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da
alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo
valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
Caio Fernando Abreu
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