domingo, 22 de março de 2015

No inventário de uma vida, vale o que se fez e o que se sentiu.

  


Arte de Delphine Cossais

“Não faz sentido atravessar tantos conflitos e amores, ter cometido tantos erros e acertos e não poder, lá adiante, contabilizá-los. No inventário de uma vida, vale o que se fez e o que se sentiu.

(...)Espero um dia olhar para fotos antigas e me reconhecer no sentido mais amplo, recordar o que eu vivia naquele momento do clique, dizer “parece que foi ontem” sem sofrimento. Quero lembrar sabores,
sorrisos, gestos, enfim, os flashes que iluminam a estrada atrás de nós. Quero inclusive lembrar os arrependimentos e as dores, que vistos de longe parecerão bem menores – e essenciais. Quero rir muito de mim, me recordando de trás pra frente.

Porque, se não for assim, nossa vida terá valido para os outros, os que nos lembram, mas não terá valido para nós mesmos.”

Martha Medeiros

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