Arte de Dina Goldstein
"Casa-se, muitas vezes, jovem, com sonhos,
idealizações, apaixonados. Quem imaginaria, ao se casar com enfeites
mil, música refletindo o amor e a personalidade do casal no ar (love is
in the air), festas, promessas, bênçãos do sacerdote, que
o primeiro filho já mudaria o romantismo. As noites mal dormidas,
fraldas para trocar. O cansaço da mulher, o desinteresse temporário do
homem. A quebra da liberdade do casal de ir e vir, ciúmes, insegurança,
cobranças, pouco ou muito dinheiro. (Sim, há pessoas que maldizem o dia
em que muito dinheiro começou a entrar na sua casa.). Horas
intermináveis de trabalho para dar conta do consumismo desenfreado do
capitalismo selvagem. O sexo, antes tão fugidio e prazeroso, agora se
torna enfadonho e obrigatório"
Silvia Geruza F. Rodrigues
"Quem diria, quando a noiva entrou toda enfeitada faceira em direção ao altar, diante do olhar deslumbrado e feliz do noivo, que discordariam da maneira de tratar seu filho ou sua filha adolescente? De lidar com o dinheiro? De lidar com a vida religiosa? De lidar com os parentes que vêm no pacote?
Em uma sociedade onde não se valoriza a individualidade e sim o individualismo, as pessoas não se interessam tanto em investir no relacionamento amoroso. Cada um tem uma “alta expectativa de gratificação e baixa tolerância à frustração”
Silvia Geruza F. Rodrigues
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