quarta-feira, 5 de março de 2014

Os casais deixaram o afeto e a segurança de um relacionamento duradouro pelo desejo de “ser feliz.”


  
Arte de Dina Goldstein

 "Casa-se, muitas vezes, jovem, com sonhos, idealizações, apaixonados. Quem imaginaria, ao se casar com enfeites mil, música refletindo o amor e a personalidade do casal no ar (love is in the air), festas, promessas, bênçãos do sacerdote, que o primeiro filho já mudaria o romantismo. As noites mal dormidas, fraldas para trocar. O cansaço da mulher, o desinteresse temporário do homem. A quebra da liberdade do casal de ir e vir, ciúmes, insegurança, cobranças, pouco ou muito dinheiro. (Sim, há pessoas que maldizem o dia em que muito dinheiro começou a entrar na sua casa.). Horas intermináveis de trabalho para dar conta do consumismo desenfreado do capitalismo selvagem. O sexo, antes tão fugidio e prazeroso, agora se torna enfadonho e obrigatório"


Silvia Geruza F. Rodrigues


"Quem diria, quando a noiva entrou toda enfeitada faceira em direção ao altar, diante do olhar deslumbrado e feliz do noivo, que discordariam da maneira de tratar seu filho ou sua filha adolescente? De lidar com o dinheiro? De lidar com a vida religiosa? De lidar com os parentes que vêm no pacote?

Em uma sociedade onde não se valoriza a individualidade e sim o individualismo, as pessoas não se interessam tanto em investir no relacionamento amoroso. Cada um tem uma “alta expectativa de gratificação e baixa tolerância à frustração”

Silvia Geruza F. Rodrigues



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